segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

O amor é um rei que ninguém conhece. Esconde o rosto por trás de um manto de histórias audazes, mas desconhece-se se tem coração debaixo de tanta pedra. O amor almoça lágrimas, lancha sorrisos e volta a jantar lágrimas. Quando as lágrimas se esgotam, ele oferece-nos promessas em troca de mais lágrimas. E eu? Eu acredito mesmo nelas, majestade. O amor passa os dias em frente ao espelho. Desliza rosas entre os anéis dos dedos e pinta os lábios com poemas. O amor é um rei resmungão e mal-vestido, com os dedos adornados de promessas. Talvez use bigode. Quem sabe? O que se sabe é que o amor tem umbigo. E passa o dia a olhar para ele. O amor é assim. Um rei. Mal-disposto. E o ciúme é um bicho papão que se alimenta de corações. E o coração?                              O coração é a paródia da vida.





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